terça-feira, 29 de junho de 2010

Urbanismo e Mobilidade

As nossas vias rodoviárias

Cada vez mais no nosso país se faz mais e melhores acessos rodoviários mas, no entanto, por vezes os nossos governantes esquecem-se de reparar e melhorar os acessos já existentes.
São muitas as estradas Portuguesas sem qualquer tipo de qualidade, não garantindo a segurança dos automobilistas nem a segurança dos peões. Os peões por vezes são obrigados a se deslocar na via uma vez que não existe qualquer tipo de passeio para que o possam usar nas suas deslocações. São muitos os acidentes que existem no nosso país por falta de passeios e por falta de passadeiras, levando por vezes à morte os peões acidentados.
Tantas e tantas outras têm pisos de tal forma degradados pondo assim em causa a segurança desses mesmos automobilistas, uma vez que muitas das vezes nem sequer estão identificados esses perigos, são os buracos nas vias, as quedas de pedras nas zonas mais montanhosas, as curvas demasiado apertadas, as vias sem a devida largura, e a grande falta de sinalização dos mais variados perigos.
É claro que estou de acordo que se façam estradas novas, mas, antes de se fazerem essas novas estradas é preciso começar a reparar aquelas que estão degradadas e sem o mínimo de qualidade em termos de segurança, como é o caso da minha rua.
No ano de 2009 dirigi-me várias vezes à junta da minha freguesia para demonstrar o meu descontentamento quanto à rua que dá acesso à minha garagem. Pois essa não tem o mínimo de qualidade pondo em questão a segurança dos quantos automobilistas que nela passam.
Pois é, essa rua está de tal forma degradada que em tempo de chuva fica impossível nela circular, no inverno passado, depois de algumas tentativas acabo por embater no muro do lado esquerdo uma vez que do lado direito é uma ravina que não tem rails de protecção; o carro ficou danificado e o muro também. A partir desse dia optei por deixar o carro na rua ao tempo arriscando-me a possíveis furtos. Continuo a mostrar o meu descontentamento junto da junta de freguesia e até já o fiz junto a um jornal locar, mas esse problema que não é meu, mas sim da freguesia, continua por resolver. É claro que este caso é apenas uma “gota de água no oceano” muitas e muitas mais de maior urgência existem em Portugal, mas temos que começar por algum lado, é por isso que eu digo que antes de fazer mais e mais vias rodoviárias é uma necessidade reparar e melhorar as já existentes…

Os sistemas de administração territorial e respectivos funcionamentos integrados

A identidade de um país evidencia-se pela coesão expressa por uma variedade de serviços, de bens acessíveis a todos, maioritariamente tutelados pelo Estado. Esses serviços permitem a todos, em qualquer ponto do país, usufruir da segurança de pessoas e bens, de vias de comunicação e de transporte, de produtos culturais como exposições, cinemas, museus. Grande parte destes serviços está sobre o domínio do Estado, tutelados, por exemplo, pelo Ministério da Cultura ou pelo Ministério da Administração Interna, apresentando cada um dos programas específicos, de acordo com as suas competências.
A capacidade de cada cidadão usar esses serviços está directamente relacionada com o exercício de cidadania, expressa na procura da cultura e da educação, reflectindo-se também num maior ou menor grau de civismo e educação.
A base das estruturas administrativas de Portugal é o município (os 308 municípios, que se subdividem em 4257 freguesias). As divisões administrativas de nível superior são muito menos claras, uma situação que tem merecido a atenção dos políticos e da opinião pública sem que isso resulte na simplicidade que se encontra noutros países (em contraste com a simplicidade da divisão de segundo e terceiro níveis em Portugal). Entre estas podem incluir-se os Distritos, as Províncias, as Comunidades Urbanas, e as Associações Intermunicipais.

Fluxos migratórios e os seus impactos na disseminação de patrimónios linguísticos e culturais

A grande flexibilidade e mobilidade dos transportes terrestres permitiram o maior distanciamento entre as áreas de residência e as áreas de trabalho, levando à expansão das cidades.
Os transportes são muito importantes para o desenvolvimento das regiões. O aumento da mobilidade permitiu desenvolver o comércio e consequentemente, as actividades produtivas, quer a nível regional, quer a nível internacional, diminuir as assimetrias regionais e a melhorar a qualidade de vida e o bem-estar da população. Ao mesmo tempo, ajudou à expansão de novas formas de organização do espaço, referindo-se, a título de exemplo , o crescimento dos subúrbios nas grandes cidades, a redistribuição espacial da população, o aparecimento e o aumento de movimentos migratórios, assim como à massificação de fenómenos sociais, culturais e económicos.

Roberto Faria